Tédio é o que toda pessoa experimenta. Esse sentimento inquieto e vazio foi pouco estudado cientificamente. No entanto, alguns estudos lançam luz sobre os “ingredientes” do tédio e podem fornecer uma pista contra isso.
Aqui estão os 7 principais fatos surpreendentes sobre o tédio.
7. Tédio não é apatia
Embora esses termos sejam freqüentemente usados como sinônimos, estar entediado não é o mesmo que ser apático. "Penso que, muitas vezes, quando as pessoas pensam no tédio, pensam em batatas apáticas, mas esse não é o caso", diz James Dankert, professor de neurologia cognitiva da Universidade de Waterloo, em Ontário. "O tédio é um sentimento agressivo e insatisfatório, no sentido de que você tem um alto nível de motivação para fazer negócios, mas nada que você faça pode satisfazer essa necessidade."
6. O autocontrole está intimamente ligado ao tédio.
James Dankert estudou o tédio em pessoas com lesão cerebral traumática (TCE), incluindo seu irmão, e descobriu que pessoas que se queixavam de tédio grave eram mais propensas a ter um lobo frontal danificado ou não desenvolvido do córtex cerebral. Essa parte do cérebro desempenha um papel crucial no autocontrole. O cientista sugere que, devido a uma falha no autocontrole, as pessoas com NMP começam a se comportar muito impulsivamente e geralmente adquirem muitos maus hábitos.
5. O tédio pode ser literalmente mortal
Em 2010, os funcionários da University College London analisaram 7.524 funcionários com idades entre 35 e 55 anos. As pessoas preencheram questionários de 1985 a 1988. Os participantes do estudo, que frequentemente relataram estar entediados, tiveram uma chance aumentada (cerca de 37%) de morrer até 2009 do que aqueles que escreveram que não estavam entediados. No entanto, os autores enfatizaram que o tédio provavelmente está associado a maiores taxas de mortalidade por outros problemas, como problemas de saúde ou depressão.
4. Pode ser chato quando difícil
Em 2012, em um estudo, um grupo de 150 alunos recebeu quebra-cabeças fáceis e complexos para resolver. Os pesquisadores analisaram os níveis de tédio dos sujeitos. Os resultados mostraram que tarefas fáceis levaram ao tédio com foco próprio (apatia), enquanto tarefas complexas levaram a um tédio mais direcionado (sentindo que é cansativo).
3. O tédio pode afetar o tratamento da depressão
Outro incidente relacionado a Dankert e sua pesquisa foi incluído no ranking de fatos interessantes sobre o tédio. Em 2013, Dankert e vários colegas sugeriram que o tédio poderia interferir no tratamento da depressão em pessoas que sofreram ferimentos na cabeça. A terapia de ativação comportamental, incentivando os pacientes a participar de atividades que promovam o prazer, não funciona para pacientes propensos ao tédio. Afinal, esses pacientes já estão motivados a participar de qualquer atividade, resta apenas descobrir em qual deles. Em vez de combater a falta de motivação das pessoas entediadas, é melhor usar uma abordagem terapêutica que se concentre em encontrar uma atividade que se tornará um "antidepressivo".
2. A conexão entre alta tecnologia e tédio não é clara
As pessoas gostam de discutir sobre as vantagens e desvantagens do mundo moderno de alta tecnologia, mas não há como dizer cientificamente como o tédio está associado à tecnologia moderna. Os pesquisadores não têm acesso fácil ao grupo de controle. Eles não podem voltar a 1950 e ver se as pessoas estavam mais entediadas porque não tinham iPhones. Eles só podem supor que os novos produtos de alta tecnologia dissipem levemente o tédio, atraindo a atenção das pessoas.
1. Você precisa pensar no tédio para não ficar entediado
Os cientistas sugerem que pensar em tarefas chatas pode ajudar a torná-las menos cansativas. Por exemplo, um operário de fábrica cujo trabalho é montar a mesma coisa em uma esteira rolante por várias horas seguidas pode dissipar o tédio pensando em como as pessoas usarão o produto que montaram. E aprender a técnica da meditação pode ajudar uma pessoa a se aprofundar no significado de uma tarefa que parece chata na superfície e a executá-la com mais eficiência.